A Rússia derrota terrorismo... enquanto a América aclama um show
monstruoso
por Finian Cunningham
Não deixa de ser curioso verificar como nos media ocidentais foi dada
pouca cobertura a uma importantíssima vitória que se desenvolve
na Síria. As forças do exército da Síria e russas
estão prestes a fechar o capítulo final de uma guerra de cinco
anos e os meios de comunicação ocidentais parecem
não querer saber disso.
De facto, muito maior cobertura mediática é dada à
nomeação de Hillary Clinton como candidata presidencial
democrata. Enquanto Clinton declarava na Convenção do seu partido
que acabaria com os terroristas islâmicos no Médio Oriente, o
exército da Síria e seus aliados russos estavam na realidade a
prosseguir com esse
intenso trabalho
.
A cidade de
Alepo
no Norte da Síria a maior cidade do país
antes do início da guerra em 2011 está prestes a ser
totalmente reconquistada pelo exército sírio, suportado pelo
poder aéreo russo. Corredores humanitários foram criados para
permitir a saída de civis e combatentes antes de começar o ataque
final às milícias antigovernamentais enfiadas em refúgios
no leste da cidade.
Os membros das milícias são uma amálgama de grupos armados
ilegais
incluindo proscritas brigadas terroristas afiliadas à al-Qaeda
.
Os governos ocidentais e os media envolveram-se em cínicos jogos de
palavras, referindo-se a alguns destes mercenários como
"moderados" e "rebeldes".
Por exemplo, um relatório da CNN afirmava: "As forças
sírias e russas estão a abrir corredores humanitários para
que pessoas fujam da cidade sitiada de
Alepo
, disseram quinta-feira oficiais de
ambos os países no dia a seguir ao anúncio feito pelo
exército da Síria de ter cercado a cidade e cortado as rotas de
abastecimento dos rebeldes [sic]".
Note-se como a palavra de agradável sonoridade "rebelde"
é invocada como forma de branquear o facto de que a cidade tem sido
assediada por extremistas, que admitiram ter cortado as cabeças de suas
vítimas,
incluindo crianças de 10 anos de idade
.
O que as forças sírias e russas estão a conseguir com a
recaptura de Alepo é nada menos que uma vitória histórica.
Não é só o simbolismo de recuperar a segunda cidade da
Síria, mas a sua importância estratégica para o governo.
Dada a proximidade com a fronteira turca, Alepo foi um bastião para o
fluxo ilícito de armas e mercenários que têm alimentado
todo o conflito sírio.
Os Estados Unidos e seus aliados da NATO, Grã-Bretanha e França,
colaboraram com os seus parceiros regionais, Qatar, Arábia Saudita e
Turquia, para usar Alepo como ponto forte para sua suja guerra secreta contra o
presidente sírio Bashar al-Assad.
Mercenários do culto da morte vieram de uns 100 países de todo o
mundo, incluindo de Estados ocidentais e árabes, e também do
Cáucaso da Rússia, para esta conspiração
estrangeira tendo como objetivo mudarem o regime na Síria.
De muitas maneiras, Alepo representa a última posição para
aquelas forças. Quando Alepo finalmente cair nas próximas
semanas, trará o fim do torturante conflito da Síria imposto ao
país pelos EUA e seus aliados sob o pretexto de uma revolta
"pró-democracia".
A acusação da criminalidade de Washington e de seus desonestos
Estados parceiros é comprovada pelas cerca de 400 mil pessoas mortas ao
longo dos últimos cinco anos e quase metade da população
de 23 milhões transformados em refugiados. Ao mesmo tempo a Europa
é confrontada com a crise dos refugiados e com o terrorismo,
repercussões desta criminosa conspiração estrangeira para
subverter a Síria.
A vitória contra o terrorismo patrocinado por outros Estados na
Síria é um tributo à tenacidade e coragem do povo
sírio, do seu governo e do seu exército. Nessa vitória a
Rússia tem desempenhado um papel de enorme heroismo. O Presidente Assad
tem reconhecido o papel fundamental da intervenção militar da
Rússia para salvar o seu país do destino a que outras
nações sucumbiram, como o Afeganistão, Iraque e
Líbia vítimas das maquinações
norte-americanas para mudanças de regime.
Quando o presidente russo Vladimir Putin
resolveu enviar forças militares para salvar a Síria
, no final de setembro de 2015, a
reviravolta foi imediata e crucial. As rotas de contrabando de petróleo
em escala industrial dirigida pela rede jihadista na Síria Oriental
foram esmagadas pelo poder aéreo russo, eliminando o principal apoio
financeiro para a Jihad, que o Estado turco facilitava. Isto, por sua vez,
deixou o centro terrorista em Raqqa estiolando no isolamento.
A recuperação da antiga Palmira no centro da Síria, com
seu património arqueológico de importância mundial, foi
também outra importante vitória para o exército da
Síria e seu aliado russo. A realização de um concerto de
música clássica por artistas russos nas ruínas
românicas recapturadas aos terroristas não foi apenas uma
inteligente demonstração de relações
públicas. Mostrava eloquentemente o que representava a Guerra
Síria: um conflito entre uma nação soberana apoiada pela
Rússia contra bárbaros assassinos mobilizados por potências
estrangeiras sem lei.
A batalha agora em andamento para Alepo é mais uma talvez a final
etapa histórica da luta contra as forças de mudança
de regime na Síria. A Rússia e o presidente Putin podem
orgulhosamente tomar lugar de honra nesta vitória histórica.
Não admira então que os media ocidentais prefiram ignorar o que
está a acontecer na Síria. Durante anos, eles têm produzido
uma torrente de mentiras e invenções, alegando que
"rebeldes" lutavam pela democracia contra um "regime
tirânico".
Agora, como as forças sírias e russas destroem os remanescentes
"rebeldes" a verdade é dificilmente negável e eles
são vistos por aquilo que são: uma rede de terroristas
mercenários implantados pelos Estados Unidos e seus aliados, que
enfrentam a derrota final.
Portanto para evitar o momento da terrível verdade da sua cumplicidade
com o terrorismo patrocinado por esses Estados, os meios de
comunicação ocidentais têm necessidade de
desviar atenções da Síria e da batalha de Alepo. Voltam-se
para uma nova narrativa de distração a
"maravilhosa" nomeação de Hillary Clinton como a
primeira mulher a concorrer à Presidência dos EUA.
Típico das manobras de uma tola mudança de assunto são as
brilhantes
citações de Clinton
sobre como ela conduzirá a
América e o mundo para derrotar o terrorismo jihadista. Ela é a
mesma Clinton que, como secretária de Estado (2009-2013) orquestrou a
guerra secreta para a mudança de regime na Síria, com a
desprezível implantação de mercenários terroristas
conduzidos pela CIA.
Isto é, a guerra a que a Rússia agora está ajudando a
finalmente pôr fim, juntamente com a extinção dos grupos
terroristas "moderados" promovidos pelos EUA. Washington e Clinton em
particular podem começar guerras, mas evidentemente é a
Rússia que as termina.
Pasme-se ouvindo Clinton deleitando
seus partidários na Convenção Democrata, não
podemos ficar mais admirados com esta imensa dissonância cognitiva: uma
belicista posando como campeã da paz mundial da lei e da ordem.
Esta absurda impostura
de tirar o fôlego, só é possível devido à
forma como os media ocidentais trabalham para alterar as narrativas, distorcer
perspectivas e omitir factos.
Mas o incontestável é que a Rússia e a Síria
estão a ganhar uma guerra histórica contra a agressão
terrorista suportada pelo ocidente. Alepo é o toque de clarim para esta
vitória.
Os media ocidentais não podem lidar com isto. Assim, são
obrigados a tentar mudar o foco. E a quem eles iluminam e dão relevo? A
Hillary Clinton
, um dos culpados da guerra criminosa na Síria,
prometendo defender a América da Rússia e dos terroristas.
Ver também:
syrianperspective.com
Impasse na batalha por Alepo?
, 09/Agosto/16
Nova escalada
, 10/Agosto/16
Cerca de 7000 terroristas concentram-se próximo de Alepo quando Moscovo faz intermediação para cessar-fogo humanitário
Original encontra-se em
http://www.informationclearinghouse.info/article45224.htm
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
.
|